sábado, 14 de agosto de 2010

LIVRO VIRTUAL : Versos não enviados




ATUAIS

Calço os sapatos e saio correndo,
Sem destino,
Um doido sem era nem bêra,
Parece estar nascendo
Mas o que fazer alguém lúcido
Hoje em dia está podendo,
Num mundo indigente, sofrente
Sufocado por tanta besteira

Entre ruas e ruelas,
Quero uma pinga na guela,
E uma cerveja gelada
Bem loira e magrela
Num vicio desvairado
Grito seu nome embriagado,
Doce glicose destilada,
Faceira, ilusão abstrata,
Em poesia apaixonada.

Olham, riem, desdenham,
De si mesmo os colegas,
Terrestres criaturas mundanas,
Cada qual mais podre e profana,
Ao denegrir em discriminar,
A si próprios, hipócritas
Num vulto de insensatez predominante,
Que a modernidade
A casa dia mais nos envergonham.


















SÓ POESIA

Já nem sei por que escrevo,
Só sei que a quero,
Mas também sei,
Que a mim não me quer,
Por isso não vivo mais...

Sei que é assustador pra você,
Receber a poesia de uma alma,
Mas essa alma apenas ama,
Apenas a quer,
E a quer bem
Porque ama-te.
Ainda encarnada.
Já não vivo mais,
Desde o dia quem que,
Tive a certeza de que não
Nesta terra feliz seria,
Pois nunca me amarias, tu nunca...
Desde então sou só poesia.


Estes versos, quem te escreve,
É uma alma, não um corpo,
Porque tu me cativaste,
E és para mim única neste mundo,
Podes até, jogar fora esta folha,
Queimar esta poesia, mas...
Nunca poderá queimar,
A alegria desta alma,
















SER MINEIRO

Típico trem,
Nem precisa falar uai,
Um uai agregante ao nóis,
Aqueles que não esperam,
Fazem acontecer,
Comendo quieto, quer seja os pães de queijo,
Quer olhando o horizonte,
Ao anoitecer
No interior de Belo Horizonte.
Aqueles que acordam cedo,
Nem esperam o relógio apitar,
Antes do galo,
No terreiro cantar,
De perder a hora sentem medo.

De terra fértil, mineiros
de riquezas minerais, minérios.
Terra onde até o ouro é de outra cor,
tão criativos que
cultivamos nosso próprio ouro,
e exalamos seu cheiro,
todas as manhãs ao tomá-lo,
doce toque amargor.

Mas, mineiro é muito mais que ter minérios,
é saber ser alguém sem esnobar outrem,
é modernizar mas ter critérios,
respeitando a natureza de onde tudo lhe vêm.


















ALMA DESINCARNADA

Ao menos um consolo me é permitido,
minha musa inspiradora
imortalizei-a, em meus versos,
meus livros, muitos livros de poesias
minha obra completa dedicada a você.

Venho ás vezes a me imaginar,
imagine comigo quem ler-me,
daqui a 200 anos já minha musa,
não estarás aqui, quando
fores como eu agora, uma alma.
Apenas uma alma.

Ainda assim, os que ficarem aqui,
saberão que eu fui quem mais amei,
meu amor é eterno.

Eu vou, mas minha obra literária não,
Tu também, passarás
Mas ficará em meus versos,
Imortalizada na literatura,
Serás a musa destes versos,
que um dia serão,
cobrados até em testes vestibulares,
eu a quero...

Talvez ria de mim agora todos,
Mas nesta vida me diga,
qual o poeta que me vida foi compreendido?
Eu a quero...
Eu a quero...

















TERRA QUERIDA ARAXÁ

Mesmo absorto,
me sinto distante,
quase morto,
sem dor, sem pesar, abastado.
Me sinto de mim,
ausente,
quando de minha vida afastado.

Fui embora,
longes campos vi pela janela,
plantas, animais,
como antes já não era,
nem me sinto mais.

Graças ao bom Deus voltei,
Prá minha Terra querida,
Tanto amo e nunca pensei,
Minha terra querida.

Aqui,
sou eu mesmo,
e tudo é o que é,
não tem explicação,
não preciso perguntação,
ao contrario aqui,
sou eu quem sossego,
de turistas a inquietação.

Aqui, é o meu lugar,
nunca dantes imaginei,
o quanto minha Terra iria amar.
















AMOR MAIOR

Sou triste,
Me sinto envergonhado,
por pela estar gamado,
essa historia que só para meus versos
existe.

Desesperado tento
Ao acalento do vento, tempo
No céu de tormentos,
Adoeço e adormeço
Nos desejos incontroláveis,
de ser feliz com a moça
dos sonhos.
Ainda estou aqui,
Mas também não estou,
pois, acho que o poeta,
está onde está o seu pensar.

Minha musa,
nunca me abandone,
musa minha, musa usada,
por outro lado pelo amor real, carnal,
e por mim em alma,
qual o maior?
O carnal ou almal.





















LONGE DE ARAXÁ

Que saudade que sinto,
E não digo uma, mas diversas
De tudo.
Até mesmos enjuramentos,
das fofoqueiras conversas.

Ruas, pacatas,
casas singelas,
pessoas hospitaleiras, sem grades nas janelas,
ai que saudades que sinto agora,
cafezinho quentinho,
leite puro e pães de queijo,
tão gostoso feito beijo,
calma feito um bocejo;
minha cidade com tudo dela,
meu maior desejo.

Conheço bem suas ruas,
pontos, encontros e desencontros,
cidade amada,
minha Araxá.
Só agora a mim desvendar,
depois de todos esse amor,
só agora,
descobri minha paixão,
eu moro em Araxá,
e Araxá em meu coração.




















DESDE ONTEM ATÉ ETERNIT

Eternit,
de hoje em diante,
quando sentires o cheiro,
ou ouvir este Aroma,
Lmebre-se irá de mim; este poeta,
Mas não por usá-lo,
Mas pelo eterno Amor que
Por ti vivo.

Finjo não ser o que sou,
E acabo sendo o que sou
sem saber que estou
Tentando não ser o que não sou
e sou o que sou, seu!

Desde os tempos idos,
Tempos de ginásio,
Colégio polivalente,
Onde conheci, a mais bela
e não impossível pra mim.

Aí naquela época,
Começara minha torura,
de amar e saber
que nunca seria correspondido.

Mas por favor não peça-me
pra esquecer-te,
porque te Amar é o que me faz
ter vontade de viver,eu te amo e de paixão.
MOLHANDO A PALAVRA

No caminhar instante,
de poeta infante,
A paixão triunfante,
Vem a ver no puro se esconder
entre escombros literais,
de quando embelecido em perguntas doses,
aos versos a palavra
aos apaixonados a poesia embriagada.

Engolindo seco
no escuro que a luz das trevas
vem chorando em trovas,
molho a palavra
em um copo cheio,
de amarguras,
noites escuras,
sonhos vem e vão em Figuras.

E o líquido se evapora,
no pensar de mais,
o pobre chora,
e a hora, e o tempo vai-se embora,
já não se sonha,
não se fala,
chora,
frente ao copo,
a palavra molha,
uma vida seca
mais uma triste história,
a desilusão devora.


















POETA INTERROGAÇÃO

Minha poesia tem palmeiras,
onde choram os pardais,
os versos que aqui escrevo,não emocionam como lá,
no coraçãozinho de minha Flor.

O poeta é,
um camponês, um operário,
cultiva sentimentos,
e monta versos em poemas
na automação filosófica
das emoções.

Respiro o ar,
e exato poesias,
transpiro lágrimas,
e inspiro solidão.

Versos de amor são como o amor
o próprio Amor,
as vezes retos e
e quase sempre tortos.

Estou cada vez mais só,
Me discipo em desalento,
Deslizo em meu destino,
E nem sei o que dizer,
O que fazer?

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PAIXÕES DEFUNTAS

Mas eu quero mais que isso
um sentimento de viver,
ser,
e uma paixão concreta,
num mundo irreal na real
vive-se a emoção obstrata
é nisso que a vida
de um poeta se retrata.

Hipocrisia
andantes amores transeruntes,
paixões defuntas
furtificar mais que se vê
pelas ruas desse mundo,
defunto.

Mas eu não quero mais,
essa ilusão,
de iludir-se pela sociedade,
ao apresentar-se, representar-se
ter que dizer, tudo bem,
quando se está tudo mal,
triste sina social,
sem nem uma sombra de verdade.

Aos olhos de poeta é diferente,
o coração não apenas bombeia,
faz uma paixão que a mente
vageia.


















O LADO TRISTE DO NATAL

Fico aqui,
fincado no meu quarto,
meu mundo,
meu eu próprio defunto.

E mais de tantos outros,
em essência no meu quarto,
em essência no meu quarto,
sozinho no mundo,
de novo... de velho...
Tudo igual, prá mim isso é Natal.

Minhas riquezas são essas,
meus versos, meus sonhos,
minha inspiração,
meu mais nobre sentimento,
o Amor.

Vejo na tv,nos jornais,
Soterramentos,
Estou soterrado em minha ilusão,
E ninguém vem me salvar,
Enquanto isso a vida
Explode e acontece.


Prá mim, o que tendo a perder?
Não tenho e nunca terei mesmo
Minha amada, minha realização,
O que me importa,
Já perdi, sem nunca partido,
A minha única paixão!

















TRISTE INESPLICAÇÃO DE UM NÃO

O poeta carrega no olhar,
a dor e a glória mesclados,
de praticar o sofrer no entregar,
e a dor de ser rejeitado.

Só que quer saber o rejeitado,
é o porquê de ser um coitado,
lutando pela ilusão já perdida,
quer saber o real motivo escondido,
que faz e é,
mas ninguém nunca diz,
o porquê do ser negado.

E é preciso muita coragem,
no alto da covardia,
que vão e tosca picardia,
de mais mínima linguagem,
que no tempo se desvia,
de um ser sua linhagem.

Olho para o céu e nada se vê?
Pois nada mesmo há
há se ver,
quando o coração não quer ver.

E é assim mesmo a vida,
amargar a tristeza de um não,
e esconder o sorriso de um sim,
por não saber se esse sim
é mesmo um sim ou mais um não
camufladamente disfarçado.

















VERSOS VEVERSOS

Escrevo,
em papel velho, caneta nova,
nova poesia velho amor,
antiga paixão em novos versos,
versos reversos,
vida ao avesso,
confesso: ainda escrevo.

Já nem sei mais,
quantas canetas já gastei
mais de mil folhas eu sei,
em poemas anos atrás.

Vico, digo isso por dizer,
pois de tudo que tinha pra perder,
perdi a mulher mais amada,
que eu quis, e
o que da minha vida fiz,
além de poemas e cartas.

Versos mórbidos,
mas não mais que uma desilusão
de um amor que se perde
mesmo antes de amar
de verdade.

Tropeço na rua e caio,
ninguém à me ajudar,
foi sempre assim,
de mim o que sei de amigos
é que sempre zombaram de mim.

















MORBIDEZ

De nada adianta o desespero,
em viver uma vida no destempero,
muitas vezes essa paródia de mineiro,
é acordar olhar para o lado
e ver que ainda está solteiro.

No furor de quentes noites,
noitadas,
a frieza da manhã incerta,
feito flecha lançada, não volta,
aos beijos e abraços
de uma doce namorada,
que sumiu na madrugada, embriagada.
Noites meliante,
dias apavorantes,
até quando esse ato de escrever,
meus dias irão consumir,
vivo vivendo,
escrevendo,
sem saber o que há por vir.

Parece um eterno caminhar na chuva,
tentando em vão,
fugir, desviar dos pingos,
que caem sobre mim,
feito o destino que recai,
e não tem como fingir,
que não se está a coexistir,
apenas na morbidez da solidão,
de abandono,
apenas esperando o fim,
poetante por ti e por mim, pelo não e o sim.
















VIVENDO A VIDA


E ela se foi,
mas não como um navio no cais,
que vai e se sabe quando se vens,
eu nunca sei a próxima vez,
que a verei.

Da última vez achei,
que nunca mais,
mas poucos dias atrás
e é provável que a verei
aqui na cidade nesse Natal.

Mas sobreviverei,
eu sei,
como sempre, eu fiquei
eu no Natal, Reveilon, carnaval,
sozinho de tudo,
e etc e tal.

Sei que irás, irão pensar,
e dizer ordenar-me que esqueça,
que viva a minha vida,
mas não é possível,
impossível esquecer de respirar
depois que se nasce,
e viver a vida,
minha sem ela,
é só pra minha musa poetar,
sonhar ...
chorar ...
amar...












OLHARES NA RUA

Observe a vida,
e não ter como a vida alheia
ser alheio,
correndo a pé na rua ou avenida,
percebo as tramas em teia,
que a muito esquecida,
paixão pelo amor em poesia.

Poesia de hoje em dia,
muitas vezes na vida endurecida,
no meio do caos urbano esquecido,
a emoção teima em existir,
seja no porão,
ou no peito do poeta
uma razão.

Caminhando continuo,
e de tudo se vê,
no nada e na mesmice
que não se encontra na tevê.

Na rua,
memórias vem e vão,
faces mudam e a sensação é díspare que,
que novidades exploram a qualquer hora,
sem ter porquê.
Sem ter história
como na falsidade das novelas
distinguidas em comover e manipular
a grande massa popular,
coisa nada salientar.













QUIABO COZIDO


Acredite,
desde o dia, o primeiro de todos os outros,
dias que viveria,
naquele dia em que a vi,
senti o amor eterno me tocar,
e desde então não me canso de poetar.

A caneta entre meus dedos escorrega,
feito quiabo cozido,
disferindo em rápidos golpes,
estocadas de versos
em coração aberto inquieto,
sentimentos a lama me alegra.

Carrego no olhar a tristeza
de tristeza em tristeza
fui compondo esta vida,
e de alegria não entendo,
só tristeza.

Já não tenho mais sonhos que sonhar,
já sonhei todos,
sonhei que eu era alguém,
mas alguém sou,
mas se pra minha amada não existe,
pra mim neste mundo não vivo,
sobrevivo.

Só o que me resta é poetar,
se de tudo, que tanto sonhava,
tudo veio a fracassar,
como na velocidade de um quiabo cozido a engasgar.











ALGO INCOPIÁVEL


A poesia não é como um bar,
ou outra coisa ou lugar,
não se aprende a poetar,
a poesia é como o mar,
inspirações são as ondas,
onde trazem e levam emoções,
mas sempre deixam nos poetas,
nos banharmos.
O sal amargo da paixão a perder ou ganhar.
Não se comanda a poesia,
é pura existe magia,
vem e domina o ser,
e este tem que escrever,
queira ou não queira,
possa ou não possa,
tem que poder.

Pois o poder da poesia
é algo inenarrável,
inebriante gosto de prazer,
que só se sabe
quem vai se ter.

Ser poeta é algo incomparável,
o poeta é conhecido,
tem o jeito, o toque diferente,
dom admirável,
de ver o que todos olham
e não vêem,
só ele enxerga.













ESCORRENDO EM PERDÕES

Não ,me condene,
por favor, apenas reze por mim,
reze por essa alma infeliz,
no meio das decepções,
Aprendi a perdoar
e hoje já sei perdoei,
quem a mim mal me fez.

Não me condene, por favor
Imploro, perdoe-me se muito amei,
Apenas sonhei,
que podia minha linda paixão
conquistar com poesias.

Já que não nasci de bens abastado,
muito pelo contrário,
Beleza nunca possui,
nunca fui vaidoso,
muito menos descontraído,
retraído em mim mesmo,
Fui passando meus miseráveis dias,
a sombra as poesias.

Amigos ...
o que são amigos?
só que conheci foram traíras,
colegas de mim sempre zombaram,
fraco, raquítico, tímido, pobre, e poeta,
amigos não conheci; não sei que é isso?
Isso é bom ou ruim?
INVENSAO DA VIDA


Vivo a voar,
passo meus dias a voando de ilusão em ilusão,
minha vida real
prá minha ilusão não é minha realmente,
mas a imaginária,
esta sim é a minha real vida,
pra mim.

E seu pestanejar,
no ato vão de amar,
e nunca ser amado,
me ponho mais uma vez
entre mil dores
a poetar.

E é no calor dos acontecimentos,
que tudo acontece,
até mesmo a poesia
que me apetece.


Poesia indomável,
me vem forte implacável,
me abate e me faz refém,
e os meus versos escritos,
são o resgate,
de meu eu.

E mais uma vez,
triste encerro uma
triste poesia
mais uma dor escrita de cada vez.












VIDA VAZIA


Parece piada,
mas é minha vida,
em notas tristes pintada,
de cor enfadonhada e
de desilusão fadada.

Como dizia o “ Bandeira”,
“ Faço versos como quem morre”
Apesar que as vezes acho mesmo
é que já estou morto,
e um dia quem sabe,
nascer irei.

Meu tempo passou,
não me casei,
não me enrriquei,
não me embelezei,
não me envaideci,
não tive filhos,
não tive amigos,
não tive oportunidade
afinal, o que tive então,
alem de poemas,
pra fazer?
Inspiração!




















CISMAS

Levanto no meio da noite
um copo de versos me entorna sonhos
no meio de um sono
entrovoadamente bacana,
e nem sei mais ainda,
o porquê desta surra esse açoite,
que levo a cada despertar,
sabendo do gosto do féu,
que me bombardeia a desilusão,
calçada por sonhos inerrealizáveis,
desejos memoráveis.

Sou engolido pela gigante fantasia,
feroz, ferrenha,
que luta e vence a noite
com perpscacia absoluta,
na relatividade de tudo,
das coisas e de meus versos,
meus sonhos descritos
escritos e lidos em folhas.

E vem a cisma de tentar,
tentar ser alguém,
algo que o sonho traz
em um segundo,
basta no fechar dos olhos e
tudo vem,
a poesia se concretiza,
em meio a esta selva de pessoas,
canibais devastadoras de sonhos,
desejos alheios.














DESGRAÇA COMUM

É triste admitir,
mas assim como eu,
existem centenas de milhares
de pessoas no mundo.

É muito triste assim viver,
só de poemas se sorver,
as vezes,
meu café da manhã são versos,
e de tardinha ao cair da tarde,
poemas me inspiro a Fazer;
ou melhor: SOFRER!

Mas se não fossem os versos
não mais vivo estaria,
a poesia mim anestesia,
quando poeto não sou carne e osso,
sou apenas alma.

Mas ai ...
como eu queria,
com ela passear de mãos dadas,
minha paixão,
amais linda emoção,
que um ser humano pode sentir,
o amor de paixão.



















FIM


Nessa vida, cada um de nós
tem seu papel,
não adianta tentar mudar a sós,
nem acompanhados do mais fino
e doce mel,
este viver temperado com Féu.


Pode a guerrencia,
guimera de guerrer,
tentar do paraíso
o céu sorver,
mas nesta terra de cegos
só quem vê,
é quem não se pode mais ver.

E neste comboio de historias,
vivemos cada dia
com novo e inédito sofrer,
fantasiando segredos,
impossíveis realidades,
escritos por entre os dedos.

E assim,
a vida vai nos escapando pelos ares,
e nem sabemos ou temos tato,
de que nossa face
gravada no sofrimento retrato,
passando vai,
e ficando pra traz nossos
sonhos, desejos mais consumados,
na inexatidão das trevas,
nossos dias se acabam.










CACHORRO DOIDO


Andei atordoado como um cachorro doido,
derramando versos
como baba de cão raivoso,
perigoso.

Andei atordoado atormentado,
por imagens
de minha amada adorada,
nos braços, nos beijos
de outro amor.

Me plantou a dor ao coração,
enraizou até a alma,
essa dor,
desse amor.

O que fazer pra menos sofrer?
espairecer,
e andei como um louco,
que não sabe que faz,
mas faz algo pra tentar aliviar,
mas se condena em seu olhar.

Chorei mais que sorri,
andei mais que tudo,
nem vi os meus anos se irem,
e agora,
minha vida se foi,
e apenas de mim ficará os meus versos
versos côncavo ou convexos.















AO MEU CÃOZINHO ( ROSSI ) in memorian

Pulando e abanando,
Todo alegre, sempre,
estabanado,
nunca me esquecerei
meu amigo Rossi, para sempre,
meu melhor amigo.

É impossível segurar a emoção,
e as lágrimas rolam,
no ato triste e ao mesmo tempo
alegre,
de relembrar momentos ímpares,
que vivi em minha infância,
com meu amado cãozinho ROSSI.

Era branco,
meio encardido, pelo curto,
orelhas caídas,
e ao olhar atento,
muitas vezes parecia sorrir,
tinha o porte de um labrador,
mas era considerado na época
um simples vira-latas.

Quando chegou para mim
presenteado por um tio,
adoeceu, de paravirose,
mas não foi desta vez que perdi,
tratamos dele, ele curou,
curti muito sua companhia alegre,
brincalhão e dócil,
ai que saudades do ROSSI.

Era dócil e ao mesmo tempo um valente,
enfrentava de perto aberto,
qualquer um que a mim
fosse ameaça,
ai que saudades do meu cãozinho.

Vivia sempre no quintal de casa,
de dia ficava amarrado,
e a noite era solto na horta,
excelente guarda,
pegava até os mosquitos
que lhe importunasse.
Meu cãozinho era um artista,
construía túneis,
cavucando a terra,
fazia com muita modéstia,
era sua forma de expor.
Toda poesia de cão.

Na rua nunca havia ido,
só no quintal ficava,
certa noite, não sei como e porquê,
fui ao quintal para brincar, de manhã,
e lá Rossi não encontrei,
havia pra rua saído,
desde então nunca mais o vi,
ai que saudades do ROSSI.






































QUEBRA CABEÇA POÉTICO


Em minha vida manchas,
incomuns, perenes e fulgares,
manchas vorazes,
permeando-me em versos.


Versos, ah ... meus sonhos,
desenhos de adolescentes,
em vida, de um poeta,
poeta a vida inteira.

Procuro atingir o âmago,
mas só alcanço mesmo,
é da vida amargo.

Poesias se formam,
em uma vida que desfaz e ela nem se importa,
mal educada como uma porta.

Minha poesia não faço,
é minha poesia quem me faz,
e nesse eterno quebra-cabeça poético,
quase sempre me sinto patético.

Minha poesia, meu calmante,
que ao invés de me dispendiar
depois até algum lucro
poderá gerar,
totalmente pelo contrário
dos calmantes.










SE EU NÃO FOSSE POETA


Sinto-me dissipar a cada vez,
que a vejo,
porque quase sempre,
a vejo sorrindo em outros braços.

É, já era...
aqui, aprendi,
que na vida só se tem mesmo,
aquilo que não se tem realmente.

E o amor...
razão maior do meu viver,
nos prega peças com a forte,
e implacável paixão.

Coração que pulsa aqui,
não me pulsa, expurga,
no contentamento de querer,
mas saber que nunca irá ter.

Se eu tivesse coragem,
esse versos não existiriam,
se eu não fosse poeta,
o que eu seria?
Talves eu seria feliz.


















DESTINO

Não adianta tentar mudar,
o que já foi está,
num futuro marcado
num passado que irá
cedo ou tarde se mostrar.
E o acontecer vai
mesmo sem querer
acontecer, na noite que o dia cai.

É irrelutável,
o salutar ato de tentar mudar,
mas de nada irá,
em apenas retardar,
o futuro que te espera,
só resta esperar.
Passam trabalhamos, luta e estudo,
nada, que a gente faça já
pode como tudo,
que escrito já está,
apenas faz um borrão,
e quando o tempo vem,
apaga esse borrão, no além
e o que se ressurge,
é a verdadeira,
Face do destino
contornado, predestinado,
atacado,
porém nunca findado,
implacável destino,
que não aceita opinião.















ESCAVUCANDO

Nesta vida é tudo ao contrario,
nascemos sabendo viver,
e desaprendemos a cada dia,
cada suspiro nos aproxima,
um pouco mais da cova,
e abre as portas de nosso jazigo.

Enterramos e somos enterrados,
por nós e para nós,
para que a poluição visual,
de vermos aparecer por vermes,
não impactue-nos muito,
só um pouquinho.

Não sou contra,
nem a favor,
muito pelo contrário diferente,
sou poeta, sou verso,
um versículo.

Sou mineiro,
escravo a terra,
procurando o amor, a paixão,
mas minha paixão,
não consigo conseguir,
sei onde está mas não posso parar,
apenas olhar e sonhar ...

Chorar ...














VISÃO DE UM SER POETA

O poeta muitas vezes,
vê a vida diferente,
pelo fico das letras,
uma visão coerente.

Faz sua história,
pintando folhas em poesia,
feliz sem qualquer glória,
leva a vida na pura fantasia.

Assim se entrete os dias,
noites a fora
tardes amargas de solidão arredia,
por qualquer ausência o poeta chora.

Sente na alma a sensibilidade,
carta, estreita a mão tem mais validade,
na máquina as letras são iguais,
e a pura e real emoção se desfaz,
por isso o poeta escreve a mão,
papel e caneta na explosão,
explosão demográfica das letra,
que festejam a criatividade,
a elas retratadas em cumplicidade.

Pingam dias,
versos em poesias,
poetas em suas fantasias,
crescem, engordam seus livros,
e a cultura estampa cada vez mais,
bibliotecas e livrarias,
poetas tentam regimes, de obesas decepções arredias.













FUI DE ANO

Neste tempo é quando mais contemplo,
Fim de ano, todos sonhos acabam,
e muitos festejam,
minha vida é um exemplo.

Mas não de tudo é um exemplo,
apenas no amor não me regalo,
também tenho muito agradecer,
esses poemas que faço são pra esquecer,
que minha musa adorada nunca vou ter.

Fim de ano,
época feliz, época triste,
digo sem engano,
depende de quem existe.

Muitos sonhos se foram,
muitas vidas que se já não vivem,
mas com o fim o começo,
e meus versos são o começo,
a prova disso, padeço.

Me torno poeta a casa hora,
pois penso nela,
incensativamente, insensatez,
me passo a diante,
dela distante,
perto de mi em beleza,
ela parece uma gigante.

















UMA VIDA

E quantas vezes como agora,
na solidão doloroza,
a chegar em casa, na aurora,
depois de tantas companhias,
a solidão reina e me apavora.

Me sinto este ser presente,
ausente de tudo,
apenas em mim,
existe de fato.

As vezes pense que ano passo de
um boato,
numa trute sina,
desenhada, resenhada,
que tristeza nessa vida,
beato.


Palavra, forte está dita,
ninguém quer ser só,
ninguém reconhece a própria sorte,
a desgraça alheia é sempre o foco,
da vida de todo ser
humano,
que no condenar mais
parece dês
humano.
















INSONIA

E meu sono nunca vem,
rolo na cama,
todas as noites,
incontroláveis não sei,
ou se sei,
que é por ela que não durmo.

E é impossível não pensar,
se será que ela
em algum lugar,
também por mim se rola,
a pensar.

Linda demais,
assim em minha flor,
espetáculo da vida,
é quando a vejo sorrir.
Aí nem sei mais onde,
ou por donde,
é o começo ou o fim,
só sei que me vejo
no meio de um amor em mim,
e a ela em coração digo sim,
eu te amo.

Mas toca a vida em frente,
já que a vida é assim,
o que a vida é assim,
fazer, senão ; poesias escrever,
e na vida seguir carente.















CAÍ NA REAL

Logo eu que tanto fiel,
estudei, trabalhei, me reservei
para o amanhã,
idealizado tudo melhor,
tudo certo,
em minha ilusão seria,
uma vida de sonho e magia,
mas só no amanhã.


Que desgosto, tristeza tanta,
ao hoje perceber,
que o amanhã é hoje,
e já foi ontem,
e eu nada que sonhei,
realizei.

Agora tenho pressa de viver,
não tenho medo,
pois já medo,
pois já conheci,
o horrível gosto da decepção,
desilusão.

A vida me mostrou sua face má,
fui forçado a sair de mim,
de um mundo que imaginei,
mas que só me desativei,
chorei.

Já nem me importo com as rimas
o que quero é viver o dia,
me satisfazer é viver o dia,
e minha alma abastecer de poesia.











SINAIS



Saísse à Francesa,
nem com um cheiro de champanhe no boato,
esqueço o sabor do amor platônico,
poeto não nego,
como um escravo da paixão vivo.

Queijo como,
sabor igual melhor seria,
sem o próprio cheiro aroma,
eu, e eu só fazendo poesia, como queijo.

Vejo sinais no âmbito terrestre,
e extravio-me no âmago,
dentro de poemas em âmbar preços,
cativo fico, olhando o próprio umbigo.

Tenho medo,
confesso-te minha vida,
vivo e existo,
consisto e preciso perder,
o medo de sentir medo.

As coisas se acabem,
mas incrível como o poeta,
tem fascínio pela eternidade,
o amor de poeta é o mais perene permanente,
dura mais que a própria vida,
dura o tempo que durar seus poemas.
PELEJA DE SER CORRETO

Sou um andante estético,
Voo mais que a visão de linha,
de dia ou de noite,
toda hora vôo,
vou a lua e volto em segundos,
e assim vivo.

Não a ser um puritano,
todo poeta já foi um dia marginal
um ser poesia,
aflorado em emoção.

Me sinto muito leve,
quando pratico o correto,
mas já que correto,
pode ser ao ser poeta errado,
da condição rela de
um eu que poeto.

O poeta não tem tarjeta,
ele escreve o dardejo ,
e exala poesia,
suando expelindo a voz,
a palavra democratizada.

O poeta muitas vezes,
é um revolucionário,
de causas próprias,
irreais na real solidão,
de um ser em paixão.













SORRIR AS LÁGRIMAS QUE CHORO


Liberta da paixão incerta,
eu a quero,
te sigo e te vejo sorrir,
as lágrimas que choro,
eu a quero.

Eu a quero,
linda e Formosa,
e o que mais quero,
me desespero e flagelo,
eu a quero.

Desejo talvez vão,
eu a quero,
por quê não dizer eu a quero,
se eu a amo de paixão.


Enfim e em inicio,
eu a quero,
feliz e austera,
na sideria estelar da pétala,
rasgando bordões de mágoas,
nos corações de quem a ama,
eu a quero.

Já fui magrelo,
quase Obezo, e meio termo,
eu a quero de qualquer jeito,
gordo ou magro, rico ou pobre,
incomum ou ao acaso,
eu a quero, e espero, sincero.











A FIGURA POÉTICA DO POETA

O poeta é um ser diferente,
quando o poeta, poeta,
não visa lucro,
não visa fama,
não procura nada,
pois a poesia já é a melhor
recompensa, que o poeta pode ter.

Na inspiração o poeta vai as nuvens,
atinge o ápice do prazer literal,
se é noite ou dia,
ao poeta não interessa,
faz da imagem a palavra,
e tudo é possível,
no escorregar da tinta na folha.

Ser poeta,
é uma coisa estranha,
de sentir, olhar, ser,
vive como se não fosse,
e é o que se fosse se vivesse,
sem a marginalidade das letras.

O poeta só é dono,
de sua própria inspiração,
o resto tudo muda de mãos,
de donos,
a poesia é eternamente do seu autor,
é cativa da dor ou amor,
presente no ato de poeta ser.















ARCO-IRIS

Minhas palavras tem cor,
tem amor e muito a compor,
comportamento varrido de doido,
meus versos tem dor.

E escuto meu próprio choro,
dentro de meus versos,
exalados nos poemas antigos,
nos primórdios dessa paixão,
quando ainda adolescente,
de uns 13 ou 14 anos de idade.

Depois de décadas de amor,
amo do mesmo jeito,
porque é amor, amor de paixão,
é dor,
uma dor de décadas.

De amor ninguém morre,
fosse assim teria já,
em jazigo ido habitar,
desde o dia em que minha amada,
perdi sem nunca ter.

Quando ...
a vi em outros braços, beijos,
me senti o último,
e o primeiro a morrer no instante,
e fiquei com a imagem de minha morte,
não muito distante,
ai que dor !!!















VIDA TE OPERÁRIO

O poeta inova a inovação atual,
com as amarras e tradições,
museulógicas limitadas,
na infinita ilimitadas
na infinita imitação cotidiana,
o poeta é um ser legal.

A poesia é mesmo intrigante,
pois que outro dom humano,
se é capaz de ter incontrolável
vontade de executar,
segundos antes do derradeiro.

O poeta tem seus defeitos,
desde então de quando foi feito,
e a poesia minha quero,
que todos entendam.

O poeta reage a poesia,
feito o peixe reage a água,
sua fonte de vida,
sua criada magia.




















O PREÇO DA POESIA

Minha vida riqueza é esta,
está aqui,
este é meu legado,
o que juntei a vida toda,
versos estes que les agora,
e outros levarão outrora.

Essa é minha fortuna,
meu tesouro escondido,
minha vida secreta,
revelada em cartas de amor,
poesias.

Esse é a herança que deixo,
a todo amor que senti,
amor e paixão existente,
sou poeta mor.

Meus poemas podem pra alguém,
nada valer,
mas pra mim vale uma vida,
foram meus versos que me seguram,
e me deixaram viver.

Quando poeta, parece,
anestio-me de sofrimento,
o tempo nem lembro,
só lembro de pela caneta e papel,
poetar.
















SINTOMAS DE POETA

O poeta se sente um pouco diferente,
isso pra não dizer totalmente
a inspiração é uma academia,
de idéias, pura poesia.

O poeta sou eu,
louco, varrido pela hipocrizia,
maldade discriminativa,
de uma vã filosofia social,
sem nem um toque,
leve toque de poesia,
pela imperfeição citada,
pelos homens criada,
pelos poetas tão bem diagnosticada.

Freneticamente a caneta corre,
borra e dilapida a historia,
corre feito cascata,
parâmetros, leis desacata,
em sintomas de um ser poeta,
de viver a escrever
essa consiste sua essência ,
sua gloria.

E na interface da melancolia,
mastiga sonhos, um ser demente,
e involuntariamente,
vomito poesia,
como o bolso cheio ou vazio,
sempre carente.














POEMAS DA MASMCORRA MAIS MORTO


Minha amada é,
um escândalo de tão bela,
de tão linda me parece uma quimera,
mesmo não sendo mais donzela,
querê-la é o que é,
o que este poeta mais quer.

Penduro sua imagem sem meus delírios,
loucamente sopro o Féu da insensatez,
força algo que me martiriza,
e feito faca ao coração me cicatriza.

Apunhá-la-me a paixão,
que me apetece sem preceitos,
e quando a noite em mim escurece,
é quando mais morro,
nessa masmorra de ilusões em vão.

Meus versos não sei,
porque me perseguem,
me consideram e,
já nem mais sei,
do que tanto eu sabia,
poesia.

A caneta escorrega,
na fina folha de papel celulose,
eu acho,
em que folha de ano se estraga,
uma vida ao amor dedicada,
o tempo ano apaga,
aberta chaga









DESINENCIAS DA EMOÇÕES REGENTE

O
O amor é falso,
pra sobreviver tem que ter,
pauta em puro percalço,
o amor é falsidade,
de ser o que é,
pra se ser amado,
na falsidade,
sem um pingo de verdade.

Paixão não é encantadora sem acaso,
é o puro acaso real,
quem realmente nos somos,
mostra o gosto de qual paixão,
casualmente uma paixão,
que nos vem, e arrebata,
e contra essa chibata,
somos escravos amarrados,
sem amigos ou namoradas,
somos cativos da paixão.

O amor nos reprime,
a paixão não,
o amor é cômodo,
a paixão é incômodo,
a paixão é um sim,
assinalando o vá em frente,
sem medo ao coração,
o amor é o puro medo,
de perder o que nunca
se possui de verdade.












INESCRITAMENTE PAIXÃO

Alegrias se vão,
tristezas também,
mas pra quem diz amém,
não se acaba jamais é meu amor de paixão,
e a poesia nunca fica aquém,
de quem a faz com emoção.

Vive a poetar,
versos me borram a face,
e das sombras fúnebres
da minha vida em solidão,
velhas tarde de um jovem moço,
apaixonado rapaz,
de se revelar incapaz,
a sua amada sem fim, amor fim.


Amor diferente,
disfarce vorar,
de entremeios ao parque,
sonhar o sonho mais incapaz,
e escrever o escrito,
inescritamente poeta.

Meu euse fez dia,
e meu dia em paixão,
se fez poesia.

A paixão é um balde de água fria,
num braseiro incandescente,
o amor sono profundo da ilusão.

Todos os dias, a lutar,
todas as forças, sonhos,
a paixão é o que há,
de mais humano,
no próprio ser humano.

A paixão é o mais humano,
instinto animal,
presente em um ser
racional.

Só tem sucesso no amor,
as mentiras,
porque o amor exige
uma banalidade da verdade,
e uma exaltação
sem nexo algum,
em viver sem liberdade
suprimindo a criatividade.
A paixão tem de coração,
é uma bomba, banhada nas veias,
e artérias,
a paixão não tira férias,
só o amor pode um tempo,
porque não existe realmente,
só a paixão verdadeira.
































QUEM NÃO AMA TEM MAIS CHANCE

Sei lá se o que escrevo,
é poesia, verso,prosa,
ou é nada,
um misturado de tudo,
com uma pitada forte,
de amor, paixão e tristeza.


Escrevo,
meu maior alivio pra alma,
me acalma,
no manejo da caneta
a tristeza me esquiva,
escrevo.,

Pra nem mais saber chorar,
queria tanto saber,
como se faz
pra nesta vida
ser feliz e amar.

Grandes amores no entanto,
parece nunca dar certo,
quando estou quase perto,
a perco para esperto.

Quem não ama tem mais chance,
de conquistar o amor,
de uma amada
que algum poeta ama de relance,
mas portanto amar
perde a chance.

O amor é filho de célebre,
tem razão e porque,
o amor é terreno,
é mundano,
a paixão é transcendental,
é pura emoção,
vem a alma,
a paixão é inquietação,
não sabe o que é calma.

O amor tem um porquê entendível,
a paixão é algo intangível,
está escondida nos escombros,
inconscientes dos poetas,
que nem sonham poetar,
mas vagueiam pela vida,
escrevendo com atitudes sabias,
a dignidade de uma vida
com paixão.

A paixão difunde no ser,
mais que se possa o amor querer,
a revolução da paixão,
sobrepõe ao amor
a paixão é fixa e direta
o amor é medo de sofrer
que a desilusão da paixão
despotencializada possa casar,
a paixão foi feita para se amar,
e o amor pra se coexistir na paixão.



























O PERFUME DE SUOR


Sempre gostei de perfumes,
em paradoxo,
em minha infância só tive oportunidade
de desodorantes baratos usar,
quando comprei meu primeiro
e bom perfume,
já era maior idade.

Ai, como foi bom sentir o cheiro,
do perfume de qualidade,
era ainda jovem apesar de maior de idade,
sentia também vaidade.

Com meu próprio percuso,
conseguido pelo suor de meu corpo,
trabalhei duro, no sol e na chuva,
serviço pesado,
e o meu perfume comprei.

Portinari,
foi este o nome,
de meu primeiro perfume,
ainda guardo o frasco,
e ainda choro ao lembrar,
de quando a primeira vez,
o usei e senti0me melhor.

Como, eu queria, também
quando sentia que meus amigos
exalavam cheiros de perfumes,
exalar também eu cheiro perfumado.











CICLO VICIOSO DE CARNE

O corpo tem seu peso,
a alma sucumbe-se a carne,
e esta, suores de reflexos,
desativam em puros vícios,
no ciclo vicioso das venturas.

Carne é fraca?
na verdade a carne é forte,
pois tem força pra vencer,
e se impor quando quer,
muitas vezes a mós meros mortais,
a carne é fraca,

Se essa carne fosse fraca,
não haveriam desventuras,
pois na ventura da pureza,
a carne é que tem gozo,
e impunha-la feito faca na água,
atravessa de desejos,
e a carne faz mais uma vitima,
desvirginando o ser humano
]de desprazer e êxtase,
e em gemidos a carne vence,
a carne é forte.

A carne não tem forças,
pra vencer sua inimiga invencível,
essa, criatura viva nenhuma,
tem como fugir a tempo sua sorte,
a morte.













VÉSPERA DE NATAL


Hoje estou inspirado,
em meu quarto sozinho e trancado,
estou despistando de tudo,
fingindo ao mundo dormir,
mais sou eu quem mais estou sóbrio.

Hoje , véspera de Natal,
data tão especial,
mas pra quem não tem,
mas pra nada legal.

Quem não tem,
namorada, amigos solteiros,
parentes amáveis,
o Natal é só mais
uma data ireal.

E como é difícil,
ver todos felizes,
e não sentir-se feliz.

Não é por maldade,
mas a felicidade alheia,
me deixa alheio,
digo a verdade.

Tiro forças e levanto da cama,
vou para a escrivaninha,
e ponho-me a escrever,
poetar, indagar, chorar, dolorida chaga,
sei lá!
Acender da poesia a chama,
feito o cigarro acendido e logo se apaga!








UM BRASIL É POESIA

As poesias são assim,
primeiro a gente é,
depois ela é só nossa,
e por fim é de todos,
e assim,
em versos, poemas amargos,
a vida de poeta, passa.

Mescladas de um pouco de tudo,
poesias são assim,
como o Brasil,
miscigenação,
de festas a velórios,
certos velórios mais são festas,
e certas festas mais parecem,
velórios, tudo
mesclado em sombras mórbidas,
que a escuridão alua,
da cor descorada,
temperada com chuchu e
melancolia,
isso é um Brasil
é poesia.






















DESAPARECIDO

Que vantagem há,
em poeta ser,
pois desapercebido,
enquanto vivo,
e exaltado depois de morrido.

O poeta sofre,
de um dos piores males,
o poeta é solidário ,
mesmo em meio a multidões.

Poetando,
me ponho a singela brandura,
de ser ao mesmo tempo,
um bravo e um conformista,
mas o que importa,
a esta altura.

Fui picando pela mosca dos versos,
e não consigo achar a cura,
pra parar de poetar,
e viver a vida de verdade,
sem vacilar.

Mas só o que posso fazer,
por agora,
é tão somente poetar,
pra dessa vida,
um pouco menos sofrer.













SAN VALENTIN

Só agora,
nessa altura de tempo ( 2009),
ao ler, estudar,
estudando idiomas,
conheci a historia de San Valentin,
a qual se inspirou
o dia dos namorados.
Vale a pena conhecer
é uma historia trágica de amor,
como todas são,
quando o amor é de paixão.

E me dou conta de tantas,
coisas em comum,
em historias de amor,
em poesias, em poetas,
nas vidas,
por mais que não aceitamos,
e esse oceano de versos
em livros
e amores eternos em covas,
jazidas de puro amar,
me desculpa,
mas eu tenho que falar,
escrever, não dá,
não posso mais segurar,
um dia a represa estava,
e é a colheita da lavoura.
CATIVANDO

Cultivo o que não tenho,
sou cativado pelo que tanto desejo,
e me sou cativo desse querer
querer demais que nunca se teve,
e ainda assim cada vez assim querer.

De tanto cultiva essa esperança,
de ter impossível realidade,
me perdi e me reecontrei,
cativado pela fé.

Minha vida não é exata,
é mais humana que imagino,
sou muito mais emoção que razão,
mesmo tentando sou coração.

Quando poeta não nessas palavras,
digo o que penso,
extravio de mim o mais essencial amor,
que nem imaginava existir.

Quando poeta não canso,
escrevo até exaurir,
toda inspiração.

Interessante é que apesar de todo fracasso,
amo,
amo muito e de paixão,
e ela sabe disso e me é indiferente.














ABRIR CAMINHOS

O segredo de poeta é assim,
um não ou um sim.
Faz da vida um belo carinho,
ao invés de seguir rastros,
cria caminhos.

A poesia desbrava,
acalma até os mais loucos,
sendo que ela mesma,
é a ramificação da própria loucura,
mas a poesia em tese,
também é o bem e a cura,
sendo dor, amor,
paixão em corpo-coraçao.

Ao invés de revés,
de seguir e imitável,
criar, inventar o inimitável,
sonho de minha ultima quimera,
ser Furor geram me dera,
sou apenas poeta,
e isso me basta.

E esses caminhos,
que estradas são estas,
propaladas em tapetes secos,
de poeiras em grãos sonhos,
escrevendo versos em off-road,
e estacionando no infinito,
desejo de abrir caminhos.














OPERARIO

E tem também o “ eu operário”,
todo dia em busca de salário,
amigos, colegas, também operários,
em busca das coisas simples,
operário.

Ao esquentar seus pratos,
os operários também,
sonham com suas amadas,
e soluçam aos prantos,
por não terem ninguém.

Ouvindo baladas bregas,
o intelectual operário,
sofre enquanto chove,
em seu mundo interno,
poesias, versos e
dos colegas intrigas.

Operários são formigas,
cada um no seu destino
de só viver para o trabalho,
até parece castigo,
trabalham e quase nunca
tem as realizações
como suas Francas Amigas.

Operários, um poeta do pão de cada dia,
um ser, viver, trabalhar,
um fazedor da vida em poesia,
nessa vida, um eterno poetar.











PRIMEIRA VISITA AO MAR

Cidade grande, no Brasil
a beira mar, enorme medo,
em meio ao desembarque, desespero,
no medo que se veio,
uma alma amiga
a barata Ribeiro nos conduzira.

Copacabana,
mais formosa que já vi, ouvira,
e La estava beleza inigualável,
nu piscar de olhos chegara.

Tudo novo,
nos olhos de um compositor,
desfrutando do que há de infundável,
confinidade da terra mar,
olhando o ar puador.

Na ânsia de conhecer,
tudo num simples Flasch,
dias afora, pratas até o entardecer,
ouvindo ondas, fazendo splash.

Mergulhei, neste sonho real,
tudo podia ate mesmo a poesia,
mas que havia,
desta vez não era Fantasia,
estava no Rio,
Rio de Janeiro em Fevereiro,
causando
e ais invejosos, desespero.













FLOR POESIA

No palco da vida,
somos todos pessoas,
personagens são idéias,
pessoas são pessoas,
e eu poeta prefiro poesias,
a dor de tentar e nada,
de tudo que queria,
conseguir.

Entre o sonho e a realidade,
prefiro a poesia,
que ano é só Fantasia,
nem tampouco sinestesia,
é vida de verdade.

Poesia é a mais Fina Flor,
neste jardim da vida,
em moitas de esperança,
verde é a poesia do amor.

Mas a Flor-poesia,
qualquer cor ser poesia,
desde que os olhos de quem lee,
descrever a emoção que irradia.

Os pingos do sereno de ontem,
ainda estão brilhando nas folhas,
das moitas de meu jardim,
jardim da poesia,
moitas da esperança
e gotas de amor de paixão em mim.











COPACABANA


Copacabana,
sonho assistido,
tantas vezes pelas ondas da TV,
vivendo versos em sorte cigana,
explodindo pelos poros, ondas,
no bronze que se vê.

A paixão por Copacabana,
salta, pede pra sair,
com as areias do engordamento,
coexistor, colidir.

Numa fusão perfeita,
emoção doce e rarefeita,
Avenida Atlântica nada estreita,
vem a inspiração mais que perfeita.

De onde agora esta poesia,
versos nobres se deleita,
a quem quer que queira,
aproveita.






















DEPRIMENTE


Nesses tempos de Fim de ano,
nada mais deprimente,
que ouvir, assistir,
a Show de especial de Roberto Carlos,
isso não é poesia,
é uma forma de se embreagar de tristeza,
nessas, naquelas musicas deprês.

Chegando a sentir cheiro de vômitos,
esses Shows deprês,
fazem e são causadores,
de muitos suicídios,
de dia e de noite,
isso não é poesia,
é hipocrisia.

A cada fim de ano,
não sabemos se sobrevivemos,
a mais uma época convidativa,
a algo de especial,
fazer de mal.

Eu não me perco em especiais,
shows de fim de ano,
eu poeto sim,
minhas próprias poesias,
próprias tristezas portissas,
tristezas impostas por desprezíveis,
shows especiais de fins de ano,
eu não caio nessa armadilha não.














POESIA EM EXCENCIA


Quero construir a poesia mais perfeita,
feita a fazer como é,
a mais sincera deverás ser,
quero fazer agora,
antes que minha inspiração vá embora.

Uma poesia que exprima,
toda expressão de paixão,
em exalação do amor em solidão,
enfadonha, coisa edificante,
quero melhor verso de todos, dôo
os milhares que já escrevi.

Versos não feitos ao vento,
feitos ao tempo,
e ai centelho de fé,
que ressurge a cada piscar seu.

Ficando assim apavorado,
apaixonado,
encarnado nesse corpo tímido,
nessa carcaça de humano pecador,
operário como sempre e outrora,
um poeta depravado,
pelo amor de uma moça castigado,
abandonado.

Minhas poesias todas sentirão ciúmes,
da poesias mais bela,
mas essa já existe a muito,
a poesia mais perfeita é ela.










POEMA PARA OS LEIGOS

Sei que pensam os leigos,
o poeta é carente,
mas eu replico;
quem nesta vida
carente não é?

O poeta é apenas coerente,
assim defendo nossa classe,
é de medo ausente,
quando de papel e caneta,
se encontra pela frente.

E mais um poema se faz,
sei La se é poema,
sei La se é qualquer verso,
versificando entre tantas,
sucatas da vida.

O Bandeira tinha ( Manuel Bandeira),
e tem razão
porque o poeta é imortal,
mas quando poeta,
a poetar,
faz poesias como quem morre,
e não há por ele quem chore.

Quem anda na contra mão dos sonhos,
esse sim é o verdadeiro poeta,
não o cantor que interpreta,
o poeta não,
o poeta é sincero e pateta.













VÁCUO EM SOLIDÃO

Coisa mais gostosa é ver sua obra,
olhar e ver essa eternidade construída,
edificada em palavras,
riscadas no chão de celuloses,
e emoções em exorbitantes doses.

Quando poeto,
faço meu dialeto,
e quanto mais escrevo,
mais da poesia me torno escravo.

Mas não me atrevo,
a lutar pela liberdade,
pois sem a poesia,
só me sobra a saudade.

Vai galera! diz a musica,
de um outro poeta,
poeta é o revolucionário,
tem coragem de falar
e ou escrever, o que não tem de fazer.

E assim ao menos alivia
um pouco da tensão,
da vida em paixão,
escrevendo, divertindo-se em poesia.

A poesia não tem contra indicação,
a não ser, ser causadora a quem a faz,
de um grande vácuo em solidão.















FLUTUAÇÃO POETICA


Poetando,
poetar é muito mais que cantar,
é ao céu se levar,
sem do chão se retirar.

Poetando,
canto ao coração,
sussurro a alma dos que sentem
um amor total também.

Poetando,
sempre é por alguém,
motivo motivado de outrem,
virginal da versiculação em poemas,
sofreguição escandalosa,
a exalação dessa triunfante paixão.

Poetando,
preso nas amarras,
em trevos de quatro folhas tentando,
a sorte dos famosos,
que tudo tem e nada possuem.


Poetando,
canto calado, mudo aos ouvidos,
mas melódico ao coração,
extravagante poema,
ao qual me falo arredio,
e desse poema , esse amor,
essa paixão, me arrepio.











POESIAS POR ACASO


Talvez seje meio louco,
mas com certeza
sou totalmente poeta,
e não meio,
e só por isso j[a valeu a pena,
pelo menos um pouco.

Por que faço poemas,
não sei ao certo
amor, tristeza, solidão,
vazão, alegria, informação?
????
Sei lá,
se são tantos os motivos,
é porque não sei,
por nada, falo poemas,
falo porque sou poeta,
assim como quem tem asas voa, voa.

Eu voo nas asas de minha poesia,
contida de penas de versos,
e strofes de batentes,
poesias me levam as alturas,
e tenho medo de La de cima,
sob as nuvens cair,
e me esborrachar no chão medonho.

Poeto,
como agora tomando vinho,
tinto, suave, o que gosto,
poetar e beber,
um iludido prazer,
mas o que fazer.










VELORIO

Minha vida vai se acabando em poesias,
cada poesia que escrevo,
é uma a menor,
rumo a meu velório,
será que alguém ao menos em pensamento,
um verso a mim ira poetar.

E meu tempo se exaurindo,
e agora mesmo com medo,
me sinto sem medo,
pois fiz apenas o que meu coração mandou,
e coração manda.

Coração, digo agora aos leigos,
não é essa bomba de carne,
que carregamos no peito,
coração em poesia,
representa o intimo,
o conjunto de todos os sentimentos
que um pessoa possa ter.

Meu coração é pura poesia,
derrama gotas de versos,
a cada dia que olho,
nos olhos de minha paixão,
minha musa que ao sol irradia.

Poesia, coisa de paixonite,
só ela pode curar,
a musa dos versos cálidos,
amor em muitos anos amar,
e me estrepar.












ENTARDECER NA POESIA

A poesia nunca envelhece,
por meandros dos anos,
faz-se a união perfeita,
entre a leitura nova,
de novos olhos e
antigos escritos.

Poesias são escritos bonitos,
tinta rasgando as folhas,
cor sobrepondo ao amor,
sentimentos mais puros e perfeitos.

Busco na poesia a essência,
do dia de hoje e ontem,
outrem também,
pode-se entreter,
a minha poesia ler.

Poesia não envelhece,
nem se envaidece,
não tem idade,
nem vaidade,
só fica da poesia,
mais valho é o poeta,
que mergulha nessa Fantasia.



















EXPLICAÇÃO PERTINENTE


Sem desmerecer as outras formas de escrita,
a poesia a mente é a que mais exercita,
começa com uma simplicidade austera,
e termina na mais pura complexidade.

A poesia quem gosta,
entende com mais prazer, ao ler,
quem não gosta,
a poesia e os versos poéticos,
só entendem vivendo
e não jamais lendo.

A poesia exprime,
explica o inexplicável,
é emoção aflorada,
ressurgida do oculto mundo,
do querer bem e ser ninguém,
mesmo sendo alguém.

Ao iniciar a leitura de um poema,
só se tem a real idéia,
se ir prosseguir ate o final,
senão perde-se o propósito ideal.


A poesia é pertinente,
bate a porta e não ouve chamar,
só quer fazer calar,
aos ouvidos a vontade que os olhos tem
de também sussurrar,
a poesia é o sentimento encarnado,
do cativo mundo da ilusão de apaixonado.











ALUSÃO POETICA

Poesia, concreto no abstrato,
e abstrato do concreto,
modernismo do anti-quando,
e ultrapassando e modernismo contemporâneo.

Vai, vamos todos nos poetando,
papel, caneta e ilusão,
fazendo da realidade,
uma alusão do que é mesmo verdade.

Versos loucos,
tempos insanos,
num mundo imundo,
poemas puros, versificando enganos.

Sem medir distancias,
poesias em constâncias,
fazendo cuidados em esperanças.

























INOBJETIVIDADE


Penso ter caída em desuso,
sou poesia, sou verso livro,
minha bibliotecária famosa,
já nem me toca mais,
ninguém me le.

Não vascilo em dizer,
que já a muito nasci,
pelas ,mãos calejadas
de um coração jonial,
que escrevia com a alma,
por nada de pior ter a fazer.

Não tenho vontade definida,
quem me lê , tira sua própria conclusão,
as vezes sou contraditório,
mais a intenção é essa de se finda.

Me sinto um evento,
cálido em tempos sórdidos,
de exageros domados pelo vento.

Me altero na estante,
vendo passos aproximar,
de mim uma mão se ergue,
e como é bom sentir-se vivo,
mesmo que sem vida,
fazer de alguma vida,
dum ser concreto de alma abstrata,
um retrato da influencia,
sou eu livro.










ESCONDIDO


Sou tema livre,
dentro de uma hipotética,
rompedora algos de hipocrisia sertaneja,
onde só a mesmo a vontade
de aparecer
e nada de obra poética.

Plantei uma árvore de sonhos,
e vi crescer um escândalo,
por que “eles” não querem poetas,
e sonhos geram poemas,
me escondi pra ser poeta.

Me escondi a cada raio de sol,
e nos pingos de chuva,
me renasci,
das cinzas como a mitologia Fênix,
dos livros da biblioteca móvel.

Queria poder ter o poder de voar,
mas me foi concedido o de poetar,
na verdade acho que poetar,
é uma linda forma de se voar.

Ninguém sabe ainda,
que este que voz escreve,
é poeta,
talvez nem ele próprio,
só depois de mais de mil poemas
poetar.













INVISÍVEL


Não falo da poesia um vicio,
um suplico,
de cumplicidade entre alma e coração,
mas sem amarras
nas arestas desse comboio de cordas,
que se chama paixão.

Fonte inesgotável de idéias,
inspiração vagueia-me a memória,
e em versos vou contando
minha história.

Talvez fala um livro fino,
fácil de todos lerem,
quero ser visto,
quero ser lido,
já que em vida,
ninguém me viu de verdade,
apesar de me olhar,
eu passei desapercebido.

Ninguém ouvi meu grito,
quando perdi,
ninguém sentiu meu ser,
nem ouviu-me gemer aflito,
sem ter nem um comprimido,
para a dor alivio ter.

Mas hoje aliviado estou,
por essa poesia escrever,
em paginas escrever,
em páginas triste que a solidão,
me condenou a sofrer.











DEMENCIA DE POETA

Como a rodopiar em um carrossel,
vejo meus versos como estrelas,
girando em um verdadeiro devaneio,
de ter um carro no céu.

Para onde ir não sei,
faço o que posso,
e pondero demagozivamente,
em querer deleitar da existência,
pura demência.

Não escrevo por carência,
por essência escrevo por potencia
de ter coragem de não ter,
a coragem necessária para viver,
da poesia a ausência.

Brinco com as palavras,
ou na verdade,
são as palavras,
elas quem brincam comigo,
esse é meu castigo.

Quando poeta sinto-me um e relevante,
e sigo avante,
no sonho que é,
ser esse poeta carente,mesmo que pouco coerente.
PLENA PENA

E como escapar desse dilema,
não arde em indicação,
delegações de leis que carregam,
e se o que quero é,
completar meu poema.

Vale a plena pena,
ainda a arte de viver,
em carreira de não se sênior,
nem tão pouco Junior,
estou no meio de caminho,
na metade de fim e de começo,
deste poema.


Faço traços com a caneta,
e a inspiração me vem,
me conduz e me diz,
o que devo escrever,
sem fazer careta,
apenas escrevo,
letra por letra.

Poeto sem culpa,
poetar não poetar não é uma culpa,
um distúrbio talvez,
como comer demais,
o que deve-se é saber,
a hora de parar,
como agora que já chegou,
de poema o fim de curso,
percusso.












REVIRAVOLTA

O mundo esta se transformando,
num único continente genérico,
difícil é ver um puro poema,
escrito por algum insano na arte,
de fazer pare de um todo disperso.

Será que a evolução acabou?
Ao que parece, não
apenas tomou o curso reverso,
não estamos mais procurando ser melhor,
o pior tomou conta,
e nem nos damos conta disso.

Mas relaxe,
a vida é uma eterna utopia,
o vapor que nos queima,
também nos aquece.

E a fundo nós todos,
entre poemas adormecemos,
no som da musica ecoada.
























PRIMEIROS VERSOS


Sigo por caminhos sórdidos,
permeados inadistringentes versos,
a floro a rubra rosa poesia,
paixão.

Quem diria em outros tempos,
ver um ser tão igual e tão total,
na flexibilidade inerte a flecha lançada,
na seringueira borracha.

Limpo de mim este borrão,
passo a régua no descaso,
e contrato esse desfecho,
como vivo em poetar.

Já estou pronto pra dormir,
entre a cama e o colchão,
meus segredos escondia,
naquele tempo nem sabia,
que eram os rascunhos,
de minha futura poesia.

Meus primeiros versos não os possuo mais,
já os enviei a dona deles,
a musa de tantos nomes:
Linda, Formosa, Bela. Maravilhosa,
Ótima, Excelente, Exuberante,
Esplendorosa, Gostosa ...















CONTEMPLAR


No contemplar,
das estrelas no escudo terrestre vejo,
que poemas são a solução,
para não ser strofes,
e sim união de vários versos.

Mas já bocejo,
no brejo de cachados lingüísticos,
em meio a ingestão de incertos,
triunfos diagramaticos.

No fim de tudo o começo,
de mais um poema que vejo,
vejo e revejo,
adoro ver,
tudo que existe,
principalmente o que é poético.

Retrato ta historiado nas páginas,
de um livro novo,
de um sonho velho,
de ser um jovem a muito mais tempo,
e ainda estou,
no contemplar.

De tanto gosto por presente ar,
eis aqui meu melhor presente,
na unipluralidade literária,
apresento esse poema,
um presente pra todos,
que quiserem ser presenteados de versos.











A POESIA E EU


Seduzido pelo brilho opaco dos poemas vivos,
também vivo sem alguns viveres,
dos outros fico alheio,
mas poeto pra não materializar em meus erros,
onde distúrbios se deformam e não sou eu,
o causador de tudo,
eu e a poesia somos parte de um todo.

Tanto em caminhos torturas,
quase sã filosófica poesia,
me estremece a alma,
quando entre em um antro desprazeres,
o pecado em não poesia.

Nós humanos somos sensíveis a tudo,
precisamos nos devolver
a nós mesmos.

Amor de homem por um moça,
é um sair de caos,
e se arrombar o que é,
preciso devolver em paixão.

Quanto mais mergulhados,
vemos que o amor tem razão em cativar,
tudo que começa por qualquer coisa,
também te deixa por qualquer coisa não!
Não quero um falso amo,
quero uma paixão rela e não irreal,
quero uma nossa legal.











LUZ


O poder da sinestesia parece,
mas não é poesia,
o orgulho não se converte,
é o fracasso que bate a porta.

Mentirosos não alcançam austeridade,
nunca sabem o que é poesia,
vivem na sua própria fantasia,
e a verdade as vezes dói mas
os mentirosos se auto condenam!

É preciso dizer não,
mesmo sentindo-se um anão,
para que ao futuro,
sejamos um furto maduro,
a luz do escuro.



























INFINITA POESIA
Ao poetar o que falo é amar,
a vida soterrada em sonhos,
quero inaugurar minha ascensão,
com este livro poético,
quero que o amor deixe-me encontrar
o melhor caminho
de reinaugurar uma vida a poetar.

A cada vez que olhamos a poesia,
sentimos um calafrio,
quero que essa poesia suja inaugurada,
infinitas vezes,
por todos que lerem,
sentirei aí então realizado,
ao levar o bem comum,
na complexidade dos devaneios
e na realização ascendente de uma
dentre todas as ilusões,
a fantasia.

Prefiro não usar palavras difíceis,
em meus versos,
porque quero ser um poeta,
e não um complicador,
quero o alívio e não a dor.

Ao contrario do que a massa pensa,
a poesia é muito mais forte,
que a bomba atômica,
a poesia constrói e gera o discernimento,
se contraponto ao mal da bomba sem recompensa.














PARADOXO DA ARTE

Em uma casinha pobre,
pode haver muito maior riqueza,
onde há poesia há destreza,
essa casinha tiver,
muito mais que a mansão despoetizada,
possa sorver.

Isso porque a poesia é uma jóia,
o diamante mesmo sujo,
sempre será diamante,
a poesia onde estiver será,
como no dilúvio uma bóia.

para poetar basta ser pro de coração,
dos poemas vem toda clareza,
os imundos não tem inspiração,
porque estão tão ocupados com coisas pequenas,
que não há espaço pra poesia.

Mas a poesia desafia,
o mal, e aos seus portadores,
a melancolia,
não queria ser por si só,
só se existiu por alguém.

A poesia não pisa em ninguém,
a poesia é um processo evolutivo,
mesmo que sem teor financeiro,
mas ao ser humano é um
sentimento lucrativo.















ENTRELINHAS

Hoje estou triste,
mas ao invés de chorar,
vou poetar.
Mais um dia de poesia,
construindo caminhos caprichosos,
de amar.

Tentei segurar,
mas foi mais forte,
o meu poetar.

Nas entrelinhas da vida,
as poesias em todas as suas faces,
dá seu grito de independência,
as margens dos rios de ilusões.



























AS FEIRAS

E são tantas as feiras,
segunda a vida de operário poeta,
mas para terça ou quarta,
não há pressa a não ser para pra casa.

Já é quinta-feira e amanhã é sexta,
no sábado um dia para o descanso,
domingo aproveitar,
é só poetar e já esperar,
a segunda chegar e tudo denovo começar.

Mas para certos operários,
não existem feriados,
trabalhar todo dia em busca de seus salários,
é que há de se fazer,
para ter o que comer.

Pra relaxar só mesmo os poemas,
versos que surgem do cansaço,
dia após dia,
neste livro de solidão e dilemas.

Surge e eis que surgem os poetas,
do meio dos oprimidos,
no meio das taperas,
no silencio dos que inocentes são,
e que brilham como cometas,
nas trovas que gerarão.
















INCERTEZAS-NET


A quantas andam as vontades,
de quem gosta e não sabe,
se um dia irá gostar
e ser gostado em verdades.

Vejo novelas, jornais, revistas,
toda essa parafernália social,
que tanto me causa no final,
apenas uma informação de me ser
baixo astral.

Até mesmo na internet,
de tantos contatos,
vem o medo,
medo de ser muito e nada saber,
perdendo a identidade a casa chat.

Não adianta,
vivo como se fosse gente,
mas não tão ignorante as vezes,
feito anta.

A vida, a morte tudo
nada mais o poeta espanta,
que de tanta dor,
já nem canta mais a Flor,
que ama de paixão,
sufocado pela cruel solidão.
















MINHA BENGALA

Ouço o tinir,
dos pingos da chuva,
cair nas telhas, calhas e se formar,
as enxurradas,
lavando as ruas e estradas,
feroz se ficando destruído em buracos,
e eu aqui em meu quarto a poetar.


Poeto,
em meu eu mais que discreto,
versos serenos,
em poemas as vezes concretos,
outros abstratos.

Estou abrigado, porém em alma,
estou carente não nego,
a solidão me desacalma,
e aos versos me apego,
feito a sua bengala o cego.






















ANTOLOGIA EM POESIA



Sou desgarrado,
mas tão livre que me entristeço,
que liberdade é essa que sufoca,
de tanta ser livre a vida se perde,
e pra não nos perdermos
devemos procurar nos prender-mos.

è uma antologia essa liberdade,
nem tanto ao céu, nem tanto a terra,
o meio termo é que desejamos,
o equilíbrio é a fonte da vida,
da felicidade.






























REGANDO A INSPIRAÇÃO


Olho a calendário,
em silencio me conservo, é dezembro
como que da solidão um triste servo,
mas que queria mesmo, eu me lembro
era essa solidão guardar no armário.

A chuva este ano atrasou,
sonhos dos plantadores estragou,
mas pra poesia não há,
tempo ou pressão à contrariar.

Os versos não tem sede,
os poemas são regados,
pelos olhos de quem os vê,
por isso nunca ,e canso de escrever,
aos tristes, aos desejos apaixonados.

A poesia é sedutora,
não há na vida quem se arrisque,
ao mensurável mundo da fuga,
fugir de sua própria fantasia,
Poesia.

De manhã, de tarde e de noite,
não há troca hora pra poetar,
assim como pra poetar,
assim como para amar,
das mamas, tetas gordas, macias da poesia,
os versos espirram seus leites,
para os que gostam o deleite.













GRITO MUDO


A poesia me faz ausente da vida,
de no sonho presente,
com força covalente,
a bipolaridade permanente.

Extavio-me do perpicaz, destino
voraz tinir dos tombos,
que lá na infância,
me deixaram cicatrizes.

E hoje no futuro de ontem,
procuro consertar o passado,
o passado do amanhã,
mas caio nas garras,
implacáveis de outrem.

A emoção me vem tão forte,
que meu grito não tem som,
faz discipar-se na melancolia,
dessa eterno escrever poesia,
que mais parece um acoite,
de uma ilusão de uma musica o tom.

Cascatas de inspirações me vem a todo momento,
assim como do corpo vivo o excremento,
não tem hora marcada,
vem e aflora em pancada,
fazendo rir e chorar,
num incessante poetar,
defecando versos, pedaço por pedaço,
um toró de poemas, expilo.












COLECIONADOR

Nessa mania de juntar,
me perdi EME achei,
juntando palavras formei versos,
dos versos juntos a poesia,
e da poesia este livro,
onde me realizei.

Coleciono canetas, é um dilema,
sofreguidão exalada,
vejo e a quero,
mais uma pra mim arrebanhada.

Tantas coisas nos passam,
e vem a triste impressão,
de que o sentido,
no meio da jornada é perdido.

Procuro encontrar a Felicidade no Final,
pobre de mim por nem imaginar,
a Felicidade está no procurar,
no caminho de Fim e não no Fim.

Mas o poeta é assim mesmo,
ama o infinito,
abraça o sonho com tudo,
e seus versos faz por amor,
que adentra ao coração,
muitas vezes enrijecido,
pelas dores cotidianas,
de tantas batalhas perdidas.














VIDA DESATIVADA



Varrei de mim esta tocaia,
aflita silaba de meio,
meandros de som triste de acalento,
a poesia, varrei de mim este medo.

Maledicente acaso Flor de vil descaso,
Faz o sono se acordar em comboios,
descanse este repouso em recôncavo,
aflorando amor-paixao e não permita,
que solidão demais aflita.


Desentôo versos em prêmios poéticos,
e abro sonhos iludidos,
num prelúdio de jejum,
gritando feito um botão de rosa,
que ao desabrochar,
não dura mais que uma semana,
e também não tem voz pra gritar,
feito este meu poetar.

Aterso-me a poetar,
desejos doidos de amar,
elucidando sonoros ventos ao corpo,
emanado de inspiração poética,
e expiração de ar.

Como iniciar o final,
se no final já não esta o nada,
de uma vida poetar,
desativada. http://www.diariodearaxa.com.br/index.php?go=noticia&ed=24&id=2503












DESERTO ESCALDANTE

Tentei fugir,
fugir que tudo era comum,
doce ilusão amarga,
como um cão raivoso,
sofrendo poesias em desejum.

Detonado pelo desprezo,
poeto agora agonizando,
num quarto sujo de solidão,
amarrado pela boca e os versos,
mergulham-me na mais alta depressão,
e como um pesadelo que não termina,
minha existência vai contendo,
e vou me agora, dormir,
pra não sonhar comi minha vida,
e ainda querer viver.

Como no deserto sem Farnel,
escrevo esses versos,
escrevendo minhas veias ilusivas,
de um ser algoz,
um oprimido ser alguém.

Meus farrapos vou juntando aqui e ali,
como procurar na hemeroteca,
a edição que foi queimada,
ou lida embolada,na lixeira suja jogada.
MULTIVAGO


Radio ligado, TV gritando,
visinho festejando,
dentro de casa, a melancolia,
e minha poesia
no meu eu, chorando.

Multivago sem pestanejar,
este no mundo vaga,
sem ninguém observar,
passa a limpo, passa o tempo,
e pra ele ninguém tem tempo.

De par em par, conto as coisas,
mas ninguém me conta,
passo invisível,
em versos me reduzo,
e só poemas sou agora.

E nessa tecedura da vida,
a poesia,
mistura tudo em um copo,
vinho, água e eu,
pra no final gerar esse verso,
de um avesso de tudo,
e de nada.

Composição Lírica ligeira,
minhas trovas de amor,
voam com a poeira,
que levam a ela amada,
das noites frias o calor.












FECHA OS OLHOS PRA VER



Me identifico a poesia,
fale pouco e digo muito,
valho mais pelo conteúdo,
que qualquer outro assunto.

Masco idéias sobre o papel,
desejoso de extrair-me,
mais um verso pro poema,
ai que dor sinto agora,
e nem sei onde me reencostar,
pois na cama a dor aumenta,
fechando os olhos vejo tudo,
e tudo que não gostaria,
só me resta a única opção,
mais uma noite acordado,
escrevendo poesia.

E das dores uma me dói mais,
a dor que vem de dentro e não sai,
embatumada me arrasa,
condenando-me a dizer ai,
em voz baixa , pra que ninguém
me ouça chorar.

Entro na madrugada de novo,
de velho,
madrugada velha comparsa,
me ajudou muitas vezes,
a esses versos compor,
ai que dor.














VERSOS DISABORES



De tantos versos disabores,
na alegria também quero poetar,
meus ápices consagrar,
em paginas escritas ao som,
e a melodia em tom,
claro e alto agradecer,
mais um amanhecer,
mais um amanhecer.

Nem tudo é tristeza,
quando se lida com a certeza,
costumas de ver esquina,
algo que muda sua fronte,
ver a calma poesia,
passeando feito pluma,
quando a brisa toca,
passageira a gente sabe,
mas e daí,
é isso mesmo o existir.

Feliz em viver,
um dom divino de escrever,
poemas mais que comer,
sacia a alma,
e de paixão o coração,
detém a força a força que acalma.













AMOR DISTANTE

A inspiração me veio a noite,
não exitei em escrever,
foi-se embora, poesia,
ficou me a dor ardida,
da expressão perdida.

Calo-me perante a chuva
berrante,
zombando de mim, parece
exitante,
o florescer de mais uma uva,
que no quintal,
a parreira o fruto sente,
amor distante.

Se de amor vivesse agora,
não teria eu um viver outrora,
já enfim o fim seria,
se não fosse a poesia.

Misturo-me as palavras,
e resumo-me em emoção,
e delas a mais forte,
que me toca rio a diante,
paixão,
por quanto em mim presente,
diamante solidão,
rasgando em fios de sonhos,
de um poeta queimando,
vulcanizadas.














A MANDANTE SOLIDÃO


Em meu quarto, cheiro,
na cozinha o almoço cheiro,
baladas com aroma perdigueiro,
e na manhã seguinte,
na rua alheio.

Boto o pé no chão, espalhando poeira,
não escondo minha olheira,
pertinente ao poema,
versos ides ao oprimidos,
no meio dessa vontade bandalheira.

Taciturna noite esconde,
os por entre escombros a louca,
mandante de tantos versos,
solidão.

Me vem um som,
e não um sono,
em faces estragadas,
cicatrizam a poesia,
em pobres corações sem dono.

Poesias aqui,
apertam como caqui,
versos verdes,
furtos de amor ausentes,
na reação perante ti.















VOMITOS DESEUJOSOS

Pensamento de um modo,
fazer alguma coisa,
alguma maneiram diferente ser,
vontade,
na realidade de verdade,
realidade,
apenas a vontade, de tudo,
a dualidade de tentar,
e ser e querer,
na racionalidade um pouco mais,
e contrastantemente,
tudo como era antes,
engavetava outrora na mente,
demente.

E o coração da vontade sente,
desejo pertinente,
perene flor de Aeso
da veracidade,
irracional dos fatos,
modo esquisito de ser,
um modo cotidiano,
humano.

E de tudo a dor alcança,
os mais profundos confins,
da liberdade terra herança,
feito água filtrada nos rins,
o que não presta calcifica e fortalece a esperança,
de quem ama até o fim.














VIDA SEM GLORIA

Dos porões, podres da inveja,
brotam laços maquiavélicos,
choram, gritam, imploram,
aos loucos poetas de outrora,
melancólicos borrões de espora,
dos que não tiveram escola,
e tanto sabem, no ato,
da atitude de viver,
sem a nada preferir morrer,
a pedir aos infames; esmola.

Frente a fronte da miséria,
não de fome,
ignorância vã que consome,
uma vida sem gloria,
uma historia sem nome,
poesia retoria.

Poesia retoria,
conta a mesmice paródica,
de linear acaso descaso,
de tudo por nada,
o céu descendo a escada,
pra versos sem pernas,
subir ao fundo,
da incerteza que é,
o contraditório,
dentro de um picanalitico,
com insultorio,
instrumento de enrricar vagabundo.













O Patrocinio de minha inspiração,
é a dor latente em mim reação,
mais triste e plena solidão,
que em mim sofrer, querer
fundidas em um só ser,
o ser eutanásico da ilusão,
doce, amarga, paixão,
frenética hipótese de um dia,
o verso em tese ter seu perdão,
ao menos em poesia.

Orientado pelos versos,
minha bússula dos sonhos,
mais ambíguos e desatinos,
bem querer em mais que tudo,
sentir na ponta da caneta,
mais que tinta,
da musa poesia a coisa,
distinta,
como se ouve um gênio a opereta.

Sublime súplica de amor,
que dor,
desatinado cerro, fujo de mim,
e da vida quero apenas a que de melhor,
a poesia, sem rancor.

Coisas voam, pássaros, aviões, foguetes,
toda essa parafernália,
mas nada voa tanto e com tal intensidade,
quanto o desejo de felicidade,
dos que sofrem na miséria.














QUEM?


Mas quem não é,
neste mundo vivendo, sofrendo,
ainda um ser tímido aos carismas,
carrascos em cerveja e pinga,
como em puros árabes a galopar,
nas baladas de uma vida sem nexo,
inexorável paixão,
quem não é?

Louco, louco!
gritam aos montes as puritanas,
mas ninguém por impacto vão,
é capaz de imaginar,
o que se pode passar
em uma mente a água e pão.

A poesia entra ai,
alimentando mente,
sem era nem bêra,
quão arenoza é a fronta pêra,
desmaia em versos,
a sombra fresca,
em atitude exorbitante,
de uma musa cativante.

Mas quem não é, ou é,
o que pode ser ou se foi já,
do paradoxo austero,
fundido na aura pura perene,
de louco, um poeta um pouco.












INTANGIVEL DISCERNIMENTO

Sucumbido pelas alegorias grotesca,
de uma perdida regra em contexto,
a ignorância em inspiração faz cócegas,
cativante em suja roupa alvejada,
de dissabores da musa amada.

Dor de ver o que não se vê,
somente ao coração faz exceção,
de um cego que enverga mais,
muito além da indescencia,
suplantada nos dias atuais.

Vergonha, panela suja e engordurado,
ao ver quando,
ao vento se perde uma namorada,
só se cura ao arejar, lavar, esfregar,
essa panela de sonhos,
pra se fazer nova comida,
sem resquícios da antiga sujeira,
outrora impregnada.

Assim corre o tempo,
escorrendo e escapando minutos,
entre os dedos, dos sujeitos,
adjetivando vidas mal vividas,
mais sonhadas e idealizadas,
que ao menos um dia,
perde-se a elevar e
realizar, a felicidade em poesia.















MINHA HISTORIA ESCONDIDA


Quanta dura, nunca,
jamais ninguém ver,
do criador esconde-se,
ao criar sente imortal,
porém ao desencoragem ter,
ninguém vê,
este mistério enfim.

Por quê esconder assim,
a beleza em inspiração,
seja uma Flor,
em botão a florescer,
seja uma emoção,
em poesia exaltação,
nascer enfim.

Quem voa mais alto é o poeta,
faz de si a poesia,
pura obra, em objeto de falar,
em sentir ao amor como ninguém,
e escrever pela escolha,
de sofrer, mesmo,
seguindo o caminho tortuoso,
da esquerda ou da direita,
crifando versos em colheita.
















EXCLUSO


Eu vou me por mesmo é a poetar,
já em vida parece decolar,
desprendendo a cada ano fica mais,
excluso das coisas, pesadelos em sonhos,
sonhos longe de realizar,
talvez nunca, e o pior,
esse nunca ao talvez se sobrepondo,
em meio a tanta desgraça,
ao mundo me escondo,
entre os dedos derramo meus segredos,
quase em versos da mente afora,
que em versos da mente aflora.

Quem esses versos olha,
nem imagina o quão triste chora,
este autor de versos que folha de tinta molha,
nesta folha em mãos trêmulas de emoção,
no papel firme e maleável,
que neste mundo que por amor,
o condenara,
a existir e não verdadeiramente viver,
sofrer em existir,
chorar quando todos sorrir,
e ter que sorrir,
para frente a sociedade
não se inibir.

















REVEILLON

Versos escritos no Reveillon,
virada de ano,
mais um entre tantos, todos até aqui
como sempre na mesma companhia,
a solidão,
só Deus sabe o quanto já sofri,

Visinhos, colegas, parentes e até desconhecidos,
todos parecem estar bem, felizes,
e o poeta que aqui está,
fingindo que está tudo bem,
e por dentro, seu coração sangrando,
algum acalento, sem nada,
e justamente este,
que desde pequeno,
na felicidade sempre acreditou,
sonhou,
apenas sonhou,
na realidade a solidão,
o sofrimento , o abandono, descaso,
esquecimento, o desprezo,
foi só i que sobrou.

Hoje estou aqui,
com coração na mão,
na ponta da caneta,
pedaços de um ser,
que um dia sonhou,
amou, desejou,
mas que até aqui,
nada realizou.













FOME DE SENTIMENTO

Falta água,
fome ainda se despista,
mas sem nada pra se beber
a irracionalidade sem querer ou perceber,
viver a emoção nesta disputa.

E aos que fome passam nesta,
sinto em poemas e passo,
a dor deles manifesta,
pois o poeta nada mais se presta,
a um esfomeado do verso.

E assim levando a vida em versos,
passo os dias e choro noites,
derramando lágrimas de versos,
em papéis, cadernos, livres aos montes.

No coração uma premícia,
um sonho maior que o mundo,
mas que fazer vã poesia,
se nesse sonho me enterro defunto,
e arrasto em dias moribundo,
aos olhos leigos de fantasia,
um hélis vagabundo.

Não, não,
não quero chorar agora,
mas que faço se a tristeza,
de mim não quer ir embora,
enquanto a inspiração em certeza,
mais verso me implora.












FANDANGOS

Vontade de festa,
a mim só resta,
desprender desta arresta,
entre a vida vivida e escrita,
ao amor que se presta,
nesta existencia modesta,
em versos minha festa,
paixão igual esta,
só a poesia é careta,
frente a maneira de viver que me resta.

Fandangos mal cheirosos,
suplentes, suprimem a dor nunca ausente,
num corpo, sonho,
coração da gente,
adorentos de aromas gostosos,
quando alimento supérfluo infantil,
hoje trago versos de arma,
em guerra no cantil.

Esbraveja-me as planícies verdejantes,
vá em frente,
luta pela vida no batente,
me condenando,
a virar gente,
mesmo que pra isso
a mim mesmo me torne incoerente.
















OLHANDO O MAR


Lanço esse poema,
como se lança uma pedra ao mar,
no infinito oceano de hipóteses,
vivo um dilema,
se alguém ira ler e
ao ler, calar ou falar,
será influenciar,
ou apenas irá,
como a pedra ao mar,
ir ao fundo sem nada destinar,
apenas mais um pedaço,
de poluição atirado,
varrido por ondas mar a dentro,
ou expulso nas rochas, espedaçado,
desintegrado feito um desejo
mal traçado.