Chão sem fundo
Pulo no chão
De um carro em movimento
A poesia é assim
E assim me salvou
De não mais olhar para o firmamento
E ser um excremento
Sem identidade
Na busca insensata
De se encontrar
No desespero de tentar
E não conseguir
Esquecer a que existe
A felicidade
Mas só para os outros
Não para mim
Mas quantas vezes
A poesia me salvou
No momento culminante
De sabe-se lá o que
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